domingo, 17 de novembro de 2013

Imperatriz Jitô







O Japão conheceu muitas imperatrizes. No passado, muitas vezes, o país foi governado por mulheres sábias e capazes, enquanto na China, país vizinho, houve apenas uma mulher que liderou o país, chamada Sokuten Bukô (624~705). Ela fundou a Dinastia Chou, tornando-se imperatriz (690~705). Apesar de seu caráter irascível, sua época foi marcada por prosperidade nunca vista na história da China. Nesse tempo, o Japão foi governado pelo imperador Tenmu, a imperatriz Jitô e o imperador Monmu. O Japão sempre se mirou na China, seu gigantesco vizinho, mas, tratando-se de valorização da mulher, os japoneses tinham mentes mais abertas que os chineses. Aliás, nos primórdios, o sol que ilumina o universo era representado por uma deusa.
A imperatriz Jitô, que governou o Japão entre 690~697, após a morte do seu marido e tio, o imperador Tenmu, foi uma mulher inteligente e sagaz.
No ano 686, quando o seu marido faleceu, receando que o príncipe Otsu, filho de sua irmã, tornasse sucessor do trono, já que o príncipe era uma figura muito querida por todos e versado na arte de poemas, ela fez com que Otsu fosse acusado por crime de traição e executado. Dessa forma, conseguindo afastar o seu principal rival, ela se tornou regente de seu filho, Kusakabe-no-ôji (662~689) e, após a morte dele, que sempre teve saúde delicada, conquistou o trono, aos 43 anos.
A imperatriz Jitô seguiu a linha de governo de seu marido, o imperador Tenmu, com o poder centralizado, estabelecendo a constituição Ritsuryô. Pelas leis de Ritsuryô, o povo tinha a obrigatoriedade de se registrar em koseki (registro civil), renovado de seis em seis anos, fazendo com que a população fosse controlada pelo poder central, e não mais pelos clãs locais.
Além de sedimentar o domínio de todas as terras e do povo pelo governo central, comandado pela corte Yamato, a imperatriz Jitô dedicou-se à construção do Palácio Fujiwara (província de Nara), que foi concluído em 694 e abrigou três gerações de imperadores.
Ela foi uma mulher de fibra, que lutou ao lado do marido durante a Revolta de Jinshin (672), da qual seu marido saiu vencedor na briga pela sucessão ao trono.

domingo, 10 de novembro de 2013

Leque





O leque está presente na vida dos japoneses desde o nascimento, passando por momentos importantes, tais como nascimentos, aniversários, falecimentos, danças e cerimônias variadas. Em algumas regiões é costume levar a criança, um mês após seu nascimento, para fazer a primeira visita a um santuário. Trata-se de um ritual conhecido por ‘omyamair’i. Na ocasião, os pais levam um leque (suehiro ogui), solicitando aos deuses que concedam ao bebê um crescimento saudável. O leque participa também das comemorações do terceiro, quinto e sétimo aniversários, conhecidos por hichigosan.

- Nas escolas;
- Nos treinamentos de recitais (yokyoku);
- Na dança (odori);
- Na música (ongyoku);
- Na cerimônia do chá (sado);
- Arranjos florais (kado).

-Na entrada da puberdade
-Em Kyoto, ainda é costume quando a criança atinge 13 anos, voltar a um santuário para realizar o ritual de força de leques;
-Nessa ocasião, é feita a mudança do leque infantil ganho no batizado, por um maior, confeccionado para adultos e com estampas mais sérias.


-Nos momentos românticos japoneses:

-Quando um casal quer selar um compromisso mais sério, costuma realizar a troca de seus leques;
-Esse ato simboliza uma jura de amor eterno, ato que corresponde ao noivado nos moldes ocidentais;
-Na cerimônia de casamento tipicamente japonês:

  -Repleto de simbologias, nessa ocasião solene, a noiva se apresenta aos convidados ostentando um leque dourado de um lado e um prateado do outro;
-O acessório também faz parte da vestimenta do noivo, que durante a cerimônia, traz consigo um leque de cor branca.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Gengibre





Como planta medicinal o gengibre é uma das mais antigas e populares do mundo. Suas propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias, especialmente do óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona.

 No Japão costuma-se usar o suco (do gengibre espremido) para temperar frango e as conservas "beni shouga", feitas com os rizomas jovens, que são consumidas puras ou com sushi.

Os japoneses utilizam o gengibre para massagens com óleo de gengibre em tratamentos tradicionais e famosos para problemas de coluna e articulações.