terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A origem da estrela-do-mar















Uma antiga lenda da província de Okinawa conta que, certa vez, o Deus estrela polar e a Deusa cruzeiro do sul resolveram trazer vida para a terra. Então, quando a Deusa cruzeiro do sul estava pronta para dar à luz, ela perguntou ao Deus Poderoso do céu onde poderia ter seus bebês.

O Deus poderoso do céu olhou para a terra e avistou uma pequena ilha chamada Taketomi-jima, onde existia, ao sul, um belo mar de coral. Então, ele disse à deusa Cruzeiro do Sul : – Vá ao lado sul de Taketomi-jima, pois lá existe uma praia com águas mornas e ondas mansas, isso será muito bom para seus bebês.

Assim, a Deusa cruzeiro do sul desceu da alta planície celeste e dirigiu-se à ilha, conforme sugerira o deus poderoso do céu. Lá chegando, deu à luz a várias estrelinhas cintilantes. A Deusa estava muito feliz, pois realmente aquela praia tinha a água morna e uma temperatura perfeita para que suas filhas pudessem passar os primeiros anos de suas vidas.

– Assim que crescerem, elas subirão a alta planície celeste para se encontrar comigo e viveremos cintilantes no céu.disse a Deusa retornando ao seu lugar.

Entretanto, o deus sete dragões do mar ficou irritado, porque a Deusa cruzeiro do sul não lhe pediu permissão e usou a praia para parir seus filhos. Ele então chamou uma das suas serviçais, a dona serpente gigante, e ordenou:

– Não admito que ninguém dê à luz em meu oceano sem minha permissão. Vá e devore todos os bebês que encontrar na região sul da ilha.

A dona Serpente Gigante, obediente à ordem de seu amo, engoliu todos os bebês da Deusa cruzeiro do sul com sua enorme bocarra, matando-os todos. Em seguida, cuspiu seus corpos.

As estrelinhas mortas flutuaram no mar até alcançarem uma praia chamada Higashi Misaki, no lado leste da ilha Taketomi. As estrelinhas, empurradas pelas ondas, pararam na praia e ficaram com o corpo salpicado de areia. Nessa localidade, havia um santuário onde vivia a semideusa Amável. Quando encontrou as estrelinhas sem vida, Amável sentiu muita pena delas e levou-as para o santuário.

- Oh! Pobres estrelinhas, vou colocá-las no incensório. Assim, quando os aldeões vierem me trazer oferendas durante o festival e queimarem os incensos, suas almas poderão subir ao céu junto à fumaça. Lá, na Alta Planície Celeste, poderão reencontrar sua mãe.

Conforme a semideusa amável planejou, quando chegou o dia do festival, os aldeões queimaram muitos incensos e as almas dos bebês-estrelas subiram ao céu levadas pelas fumaças.

Esta é a origem lendária da estrela-do-mar. Em Taketomi-jima, apesar de séculos terem se passado, ainda hoje é possível encontrar estrelas-do-mar com corpos salpicados de areia nas belas praias que ficam ao sul da ilha de Okinawa. Elas são conhecidas como Hoshi-suna (estrelas de areias), nome que nasceu em referência a esta lenda.

Nanatsu no ko




















"Nanatsu no ko", ou sete crianças é uma canção de ninar japonesa. Ela toca às 4 e 30 da tarde para avisar as crianças para voltarem para casa.
A música só toca nesse horário no outono e no inverno, quando escurece cedo. É por isso que toca todos os dias.
Na primavera e no verão, quando escurece mais tarde, tocam uma outra música às 5 e meia da tarde.
Na verdade, as sete crianças são sete passarinhos (corvos ou karasu em japonês).

A canção diz: "Por que canta mãe corvo?" Ela responde que está voando para a montanha onde suas sete crianças estão sozinhas. Por isso ela canta "kawaii, kawaii" (são lindas, são lindas!)

A Lenda do Tsuru



















Era uma vez um camponês muito pobre. Vivia em uma cabana tosca e seu único alimento eram algumas verduras que colhia de sua terra cansada

Um dia, ele encontrou uma garça machucada, com a asa destroçada. Por isso ela não podia voar e buscar alimento: isto a deixou muito fraca, à beira da morte.

O camponês teve pena da garça, cuidou de sua asinha e pacientemente colocou em seu bico algumas sementes. Sua bondade a livrou da morte e quando ela pôde voar, o camponês a soltou.

Alguns dias depois, uma mulher adorável apareceu em sua casa e pediu que lhe desse abrigo por uma noite. O camponês, por ser bom, não negaria esta caridade a qualquer pessoa, mas a beleza da mulher fez com que ele acreditasse que deixá-la dormir em sua pobre cabana era realmente uma honra. Os dois se apaixonaram e se casaram.

A noiva era delicada, atenciosa e tinha tanta disposição para o trabalho quanto era bonita, e assim eles viviam muito felizes. Mas para o camponês, que já tinha muita dificuldade em viver sozinho, ficou muito difícil cobrir as despesas que sua nova vida de casado lhe trazia.

Preocupada com esta situação, a esposa disse ao marido que produziria um tecido especial (tecer era um trabalho comum para as mulheres nessa época). Ele poderia vendê-lo para ganhar dinheiro, mas ela alertou que precisaria fazer seu trabalho em segredo, e que ninguém, nem mesmo ele, seu marido, poderia vê-la tecer.

O homem construiu uma outra pequena cabana nos fundos de sua casa e lá ela trabalhou, trancada, durante três dias. O marido só ouvia o som do tear batendo, e a curiosidade e a saudade que tinha de sua bela mulher fazia com que estes dias demorassem muito para passar.

Quando o som de tecelagem parou, ela saiu com um tecido muito bonito, de textura delicada, brilhante e com desenhos exóticos. A tecelã lhe deu o nome de “mil penas de Tsuru”.

Ele levou o tecido para a cidade. Os comerciantes ficaram surpreendidos e lutaram entre si para consegui-lo. O vendedor pagou com muitas moedas de ouro por ele. O pobre homem não podia acreditar que tão de repente a sorte começasse a lhe sorrir.

Desde então, a esposa passou a trabalhar no valioso tecido outras vezes. O casal podia, com o fruto da venda, viver em conforto. A mulher, porém, tornava-se dia após dia mais magra.

Um dia, ela disse que não poderia tecer por um bom tempo. Ela estava muito cansada. Seus ossos lhe doíam e a fraqueza quase a impedia de ficar em pé.

O camponês a amava muito e acreditava naquilo que ela dizia, porém tinha experimentado a cobiça e, como havia contraído algumas dívidas na cidade, pediu para que ela tecesse somente por mais uma vez. No princípio ela não aceitou, mas perante a insistência do marido, cedeu e começou a tecer novamente.

Desta vez ela não saiu no terceiro dia, como era de costume. E o homem ficou preocupado. Mais três dias se passaram sem que ela aparecesse. E isso começou a deixar o marido desesperado.

No sétimo dia, sem saber mais o que fazer, ele quebrou sua promessa, espiando o serviço de tecelagem que ela fazia.

Para a sua surpresa, não era sua mulher que estava tecendo. Arqueada sobre o tear encontrava-se uma garça, muito parecida com aquela que o camponês havia curado.

O homem mal pôde dormir à noite, pensando o que teria acontecido com a mulher que amava. Amaldiçoava-se por ter sido insaciável e praticamente ter obrigado a sua querida esposa a tecer mais uma vez.

Na manhã seguinte, a porta da cabaninha se abriu e o camponês com o coração aos saltos fixou seus olhos na porta, esperançoso em ver sua esposa sair dela com vida.

A mulher saiu da cabana com profundas olheiras, trazendo o último tecido nas mãos trêmulas. Entregou-o para o marido e disse: _Agora preciso voltar, você viu minha verdadeira forma, assim eu não posso ficar mais com você!

Então, ela se transformou em uma garça e voou, deixando o camponês em lágrimas.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

















Ganhei este selinho da mais nova amiga Drica.

http://drikademoura-artepositiva.blogspot.com/

As regras são as seguintes:

Dizer o nome do blog com o link do mesmo que te presenteou.

Responder as seguintes perguntas;

Nome: Nádia Mara


Música: La vie en rose

Uma Cor: azul

Uma Estação: Primavera

Como prefere viajar: acompanhada

Um seriado: Não assisto nenhum

Frase ou palavra mais dita por vc? Eu tinha que ter algum defeito!

O q vc achou do selo? Um carinho inesperado.!

Indicar 15 blogs, para receberem o selo, copiarem o mesmo e postarem em seu blog.

Blogs indicados:

http://lostinjapan.portalnippon.com/

http://ateliedalagartixa.blogspot.com/

http://elisafuji.blogspot.com/

http://blogdoobvio.blogspot.com/

sábado, 22 de janeiro de 2011

Shibu






















Shibu ou Senbu (dança do leque) é o têrmo japonês que designa a dança que acompanha o shiguin, apresentação que se integra à música e à recitação de um poema. O dançarino ou dançarina costuma usar um leque para acompanhar a sua movimentação.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O leque no Japão




















O leque está presente na vida dos japoneses desde o nascimento, passando por momentos importantes como o casamento, até o funeral.
É costume levar a criança, um mês após seu nascimento, para fazer a primeira visita a um santuário. Trata-se de um ritual conhecido como por omyamairi. Na ocasião, os pais trazem um leque {suehiro ogui}, solicitando aos deuses que concedam ao bebê um crescimento saudável.
O leque também faz parte das comemorações do terceiro, quinto e sétimo aniversários, conhecidos por hichigosan.
Em Kyoto, ainda é costume quando a criança atinge 13 anos, voltar a um santuário para realizar o ritual de torça de leques;
- Nessa ocasião, é feita a mudança do leque infantil, ganho no batizado, por um maior, confeccionado para adultos e com estampas mais sérias.
Quando um casal sente que a paixão tomou conta de sua vida e quer selar um compromisso mais sério, costuma realizar a troca de seus leques;
- Esse ato simboliza uma jura de amor eterno, ato que corresponde ao noivado nos moldes ocidentais;
Na cerimônia de casamento tipicamente japonês a noiva apresenta aos convidados ostentando um leque dourado de um lado e um prateado do outro;
- O acessório também faz parte da vestimenta do noivo, que durante a cerimônia, traz consigo um leque de cor branca.

Esses objetos acompanham os japoneses até o fim da vida. Um dos costumes ainda existentes no cotidiano nipônico, mas já caindo no esquecimento, acontece nos velórios.
Nessas ocasiões, era comum os convidados levarem um leque de cor cinza-esverdeado, o qual era usado uma única vez.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Mirin


























Saquê branco licoroso utilizado na culinária japonesa. Ele é "primo" do
kirin, que também é um saquê utilizado para cozinhar. A diferença é que o mirin
é adocicado.

Dorayaki






















O Dorayaki é um tipo de panquequinha recheada com doce de feijão (anko) ou com creme.
Doraiaki de creme:

Massa

# 6 ovos
# 1 colher de sopa de manteiga
# 1 copo de açúcar
# 2 copos de farinha de trigo
# 1 colher de sopa de fermento em pó
# 1 copo de leite
#1 colher de chá de Mirin

Recheio de creme

# 3 gemas
# 1 lata de leite condensado
# 1 lata de leite
# 2 colheres de sopa de Maisena
# 1 colher de chá de essência de baunilha

MODO DE FAZER

Misture a margarina com as 3 gemas. Acrescente os demais ingredientes e misture bem. Finalize com as claras em neve apenas incorporando-as à massa (mexendo levemente para a massa ficar aerada).

Frite em uma frigideira pequena, bem quente e antiaderente como se fossem pequenas panquecas.

Para o recheio, leve todos os ingredientes ao fogo médio, mexendo sempre, até obter a consistência de um creme firme. Deixe esfriar.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011














música -on gaku

músico –ongakuka

violino -baiorin

Dicionário










Estrela –hoshi

Céu -sora

Lua -tsuki

Sol -tai yoo

Chuva -ame

Dia -hi

Noite -ban/ yoru




















O que uma pessoa não diz é o sal da conversa.

Provérbio japonês

Dicionário












Pessoas - Hito

Crianças - Kodomo

Homem - Otoko

Mulher - Onna

Menino - Otoko no ko

Menina - Onna no ko

Colega - Yujin

Namorada - Kanojo

Namorado - Koibito

Marido - Shujin

Esposa - Tsuma

Avô - Ojiisan

Avó - Obâsan

Pai - Otôsan

Mãe - Okâsan

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Wabi-sabi















Wabi-sabi é a beleza das coisas imperfeitas, efêmeras, e incompletas. É a beleza das coisas modestas e humildes. É a beleza das coisas não-convencionais.

Os conceitos de wabi-sabi estão relacionados com os do Zen Budismo, uma vez que os primeiros japoneses envolvidos com wabi-sabi foram os mestres da cerimônia do chá, sacerdotes e monges que praticavam o Zen.

Wabi significa a beleza modesta, a simplicidade, a harmonia. Está presente na valorização e elogio da essência de todas as coisas. É a beleza presente nas coisas aparentemente simples, rústicas e não-convencionais.

Sabi contém o significado de beleza da imperfeição provocada pela ação do tempo e da natureza e também a própria impermanência.

Wabi Sabi é olhar para o mundo com uma certa melancolia de quem sabe que a vida é passageira e, por isso mesmo, bela.

domingo, 2 de janeiro de 2011

kokeshi




















As bonequinhas kokeshi são tradicionais no Japão. A crença popular diz que elas trazem sorte e é comum dar de presente uma boneca kokeshi para desejar sorte à alguém.
Simbolizam a alma das crianças, que as bonecas levem todo o mal que as crianças porventura possam sofrer em vida, esse é o significado maiorr da boneca kokeshi.